terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ahhh quantas saudades!

Após o nascimento da Laura, me senti uma mártir.




Achei tudo muito difícil, complicado e escravizador. Isto é, tive dificuldades em me despir da Fabiana sem horários, sem regras e com o foda-se ligado.




Sofri de cansaço. Tive depressão pós-parto psicótico, não consegui amamentar, voltei ao trabalho logo após a licença-maternidade, e ainda, embaranguei total.




Sem falar na bagagem de culpa que toda a mãe leva! Culpa por ter oferecido bolacha recheada em vez de uma maçã, culpa de não ter tempo para matriculá-la e levá-la em aulas de natação, musicalização e inglês para bebês.




Culpa de não ser uma mãe perfeita.




Sim, perfeita! Porque elas existem!




A Juliana, mãe da Sarah devolve as roupas que a Laura emprestou para sua filha, devidamente lavadas, passadas, embaladas em um saco plástico transparente e dentro de 48 horas.




A Ana Paula, mãe da Sofia, leva sua filha devidamente arrumada, com maria-chiquinhas feitas e com tic-taques. Cozinha bem, sabe bordar e sempre tem tempo, embora trabalhe como eu.




A mãe do Carlos Eduardo o matriculou em aulas adicionais.




A Fran, mãe da Sofia trabalha em casa e consegue estar mais perto da filha, dando-lhe amor e atenção.




Eu?




Bom, eu saio de casa antes da Laura acordar. Procuro estar em casa na hora do almoço, mantê-la limpa e com roupas limpas. Me preocupo se ela tem o que as outras crianças também têm. Como se essas crianças fossem o termômetro de uma criança feliz. Mas confesso... não consigo me dedicar às roupas. Assim, se uma amiguinha da Laura empresta alguma peça, só devolvo uns 15 dias depois, tempo para que a roupa passe pelo processo: cesto de lixo, lavanderia, máquina, varal, tábua de passar, mãos da Sonia (diarista) até aparecerem em cima da cama, lavadas e passadas. Só então, as devolvo. Mas elas não vão no saco plástico transparente (não ainda, vou comprar).




Mas a Laura é uma criança feliz. Simpática, inteligente (já falei isso para vocês?) e divertida.




Apesar de não ser a mãe perfeita, nem criar uma filha perfeita, nascemos uma para a outra.




Nesse sentido, estou lendo um livro ó-te-mo: "como não criar um filho perfeito."




Depois deste livro, respirei aliviada! Ufaaaaaaaaaa sou normal.




E lendo meu blog desde suas postagens iniciais a procura de um texto sobre erotização precoce, senti saudades do que li, que saudades do meu bebê.




Mas o engraçado é que ela continua me dando flores roubadas, continua acenando para o avião e eu continuo atrás das suas sandálias preferidas...








Um comentário:

Trícia disse...

Ai que delícia este texto!!!!! Amiga, tô na lista das que se cobram ser mães melhores. Já quero ler este livro tb...vou colocar na lista do Papai Noel.

Bjs!