
Agora eu percebo que mesmo no meus maiores momentos de autonomia*, eu não escolhi! Não fui eu que dirigi minha vida! Forças ocultas e maiores que minha própria vontade sempre me levaram aos caminhos sinuosos da vida!
E isso começou na primeira infância: Fui adotada, minha mãe me escolheu! Agora, adulta, fico imaginando que tamanho de amor é esse que transcende os laços sanguíneos e caracteres genéticos?
Já em relação à minha filha, Laura, eu também não a escolhi! Justamente, não quis ser mãe! Amo dormir a noite inteira, a manhã inteira e quiçá a tarde também. Não sei cozinhar e há muito perdi a satisfação por afazeres domésticos! Da mesma forma, irritava-me com choro de criança, birras e qualquer outro fato ligado à estes pequenos seres não falantesMas ela me escolheu. De início achei meio estranho ser mãe, afinal, apesar de beirar a "maturidade" me sentia mais filha do que qualquer outra coisa.
Mas a partir daquele momento eu deveria não apenas dirigir a minha vida com perfeição, mas saber dirigir a da minha filha também!
Estou tentando até hoje! Confesso que acho uma tarefa árdua. Ainda não me habituei com a minha rotina que a Laura já tomou como hábito. Lógico é a rotina dela e não a minha!No entanto, tal experiência é recompensadora!Vejam bem! No auge da minha carência típica do signo de peixes, sou a pessoa mais importante do mundo para minha filha! E isso, nem meu mastercad paga!
"autonomia" do Gr. autonomia, autós, próprio + nómos, leis. f., estado do que é autónomo; liberdade moral ou intelectual; independência administrativa e/ou financeira; liberdade que tem um país, uma região, de se administrar segundo as suas leis.