Prezados leitores
Há tempos que eu não passava por aqui, por diversos motivos: falta de tempo, falta de interesse, entre outros.
Abandonei o blog, que era um diário da minha maternagem, porém, hoje eu precisei voltar.
Preciso desabafar!
Perdi minha mãe, ela morreu.
Eu já esperava que isso iria acontecer em breve devido a sua saúde que, a cada dia, estava mais fragilizada.
Mas confesso que eu não estava preparada.
Eu não estava preparada para receber a notícia, para chegar em casa e ver seu corpo, já gélido, sentado numa poltrona...
Eu não estava preparada para escolher a urna funerária, para ver o caixão fechar, para dar o último adeus.
Eu não estava preparada para viver sem ela.
Nós morávamos juntas, assim, mesmo casada, não havia cortado o cordão umbilical.
Eu sempre tive minha mãezinha me esperando para almoçar, jantar, para me dar boa noite!
Já estou com saudades!
Da ligação diária que hoje não recebi, do café prontinho, das perguntas que eram sempre as mesmas (e que as vezes me irritava), devido a sua idade.
Tô com saudades de ver minha mãe brincar com a Laura, que acontecia sempre a essa hora. As duas falando besteiras, rindo, pertubando uma a outra em forma de brincadeira.
Minha mãe morreu aos 75 anos. Eu achava que cuidava mais dela do que ela de mim, mas estava completamente enganada.
Ela sempre tinha uma palavra de conforto e de otimismo a me dar, sempre tinha uma solução, quando meu problema parecia insolucionável! Incrível! Tanta sabedoria naquele corpo já franzino! Incrível, tanto amor naquele coração já cansado de bater.
Ela me escolheu para amar e fui muito amada!
Ser órfão (em qualquer idade) é não ter segurança, é não ter pra quem voltar quando tudo der errado.
Ser órfão traz a tona um certo sentimento de desproteção, é não encontrar a marquise no dia de chuva...
Tô com saudades da minha mãe. Ela não podia ter ido sem me dar o último abraço, sem dizer que me ama!
Hoje, eu queria um abraço apertado, aquele de mãe!
SAUDADES ETERNAS!